O aumento nos salários dos vereadores da cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, desagradou a população. Em junho do ano passado, a Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, um reajuste de 100% nos salários dos vereadores, conforme mostrou reportagem do RJTV. “Eu acho ridículo. Ridículo para eles e ridículo para nós, né?”, afirmou uma moradora. O salário dos vereadores passou de R$ 6 mil para R$ 12 mil.

O atual presidente da Câmara de São João, Joel Rodrigues (PSC), defendeu o aumento e disse que o reajuste foi feito com base na Constituição. Ele diz ainda que com um bom salário os casos de corrupção diminuem. “É um aumento justíssimo para que você possa ter vereador de qualidade e interessado em prestar um bom serviço para a nossa comunidade”, afirmou Rodrigues.

Também do ano passado pra cá, o salário do prefeito da cidade, Sandro Matos (PDT), subiu de R$ 14,2 mil para R$ 24 mil. Um salto de 71,18%. Semana passada, Matos disse que a mudança era justa. E que não pretendia rever os valores. “A gente colocou, na verdade, essa situação e a gente sancionou, porque o meu entendimento dessa votação da Câmara, que é justo, levando em consideração que, independente do prefeito que ia ganhar a eleição, que poderia ser eu ou não, com certeza, ia precisar ter condições de trabalho”, alegou.

Semana passada, o RJTV revelou com exclusividade que na prefeitura de Caxias havia gente ganhando até R$ 50 mil. Eram os casos de Mário Vasconcellos Fernandes, antigo secretário do ex-prefeito Zito (PP), e Dermeval Lage de Barros Neto, fiscal de renda da cidade. Até Zito, que governou o município nos últimos quatro anos, tinha dois salários – um de R$ 24,5 mil como prefeito e outro de R$ 28 mil como guarda municipal aposentado. Mesmo com os descontos, os salários dele ultrapassavam R$ 37 mil.

Na segunda-feira (21), Alexandre Cardoso (PSB), que assumiu a prefeitura de Caxias neste ano, anunciou o resultado de uma auditoria na folha de pagamento do município e disse que não vai permitir na cidade salários acima de R$ 26,7 mil, o teto do funcionalismo público. “A lei me obriga a dar transparência à folha e eu não vou ficar aqui preocupado em não cumprir a lei. A prefeitura de Caxias, a partir de hoje, cumprirá integralmente a lei”, afirmou Cardoso.

Fonte: G1